segunda-feira, 5 de maio de 2014

segundo dia da mãe

sabendo de antemão que não estaríamos com as avós e que a bi já cá não está, sabendo que estavámos de fim-de-semana de passeios e sabendo que o pai não liga (aparentemente) muito a estas coisas, o dia foi normal.
 
o presente já tinha vindo há umas semanas atrás de londres, uns ténis encomendados e que acabaram oferecidos, não que seja importante.
 
tentei que houvesse uma fotografia igual à do ano passado, mas o rebelde não pára quieto e quando lhe pedi um beijinho mordeu-me o lábio com tanta força que me fez chorar.
 
mas não preciso de convenções, de protocolos, imagens das redes sociais ou reportagens na televisão para ter a certeza que dia da mãe é todos os dias. é como dizer que se é mãe a tempo inteiro, todas o somos, não é preciso arranjar uma sigla (mati, para quem não sabe).
 
depois de alguma reflexão, não me deixo mesmo levar por estas celebrações. não acho justo pensar nisto e dar significado só neste dia, quando as flores custam tanto como no dia dos namorados e com o que se gasta podia-se oferecer flores todos os meses.
 
mãe, não almocei contigo mas trago-te no coração a cada segundo. filho, não gosto mais de ti neste dia, gosto de ti todos os dias, até à lua e de volta cá para baixo.
 
e não, não baixou em mim o espiríto que roubou o natal ou o comuna (esta é para ti, marido), é apenas um desabafo.
 
depois conto a festa da escola.